Um novo rumo para a <em>Galp Energia</em>
As organizações representativas dos trabalhadores da Petrogal/Galp Energia aprovaram, no encontro nacional de dia 2, um quadro de acções e reivindicações que pretendem dar um novo rumo à empresa, através de acções de controlo e de auditoria que garantam uma gestão responsável, particularmente nas áreas da refinação e dos recursos humanos, valorizando a importância da Galp, enquanto empresa estratégica do sector energético.
Para ontem, estava prevista uma concentração de protesto à porta da residência oficial do primeiro-ministro, antecedida por outra, de manhã, no edifício Galp, também em Lisboa. Estavam ainda agendadas audiências com os grupos parlamentares e com o ministro da Economia.
Lucros e cunhas
No encontro que teve lugar na refinaria do Porto, deu-se especial atenção às decisões tomadas na última Assembleia Geral de Accionistas, sobre a composição do CA, por um lado, e a distribuição de parte dos lucros aos trabalhadores, por outro.
Entre Janeiro e Abril, a empresa teve resultados líquidos de 190 milhões de euros. No ano passado lucrou 33 milhões. No entanto, ao aplicar os resultados de 2004, a administração recusou abandonar «definitivamente a prática miserabilista seguida nos últimos anos», acusa a resolução.
O encontro exigiu uma gestão de pessoal que responda às necessidades reais e não às «cunhas» e outro tipo de «clientelismo», à subordinação a «práticas economicistas que podem transformar-se num desastre empresarial irreparável».
Na nova gestão, apenas dois dos gestores conhecem a área: o engenheiro italiano da ENI, Giorgio Puce - cuja saída é exigida pelos trabalhadores por tudo ter feito no sentido de encerrar a refinaria do Porto -, e o engenheiro da Petrogal, Soares Mota, «marginalizado», no quadro da política de «menosprezo pela actividade de refinação» iniciada pela administração de António Mexia e prosseguida por este Governo.
Potenciar as refinarias
Para os trabalhadores, a ausência de uma política energética nacional e a continuação da «sempre nefasta» privatização têm menosprezado a refinação e as suas potencialidades.
O encontro criticou a lógica privatizadora e o acordo entre o Governo de Guterres e do agora administrador, Pina Moura, com a italiana ENI.
A resolução acusa os accionistas nacionais de incapacidade para criar uma estratégia que garanta o futuro ao serviço dos interesses do País, e para a qual tem fulcral importância a refinação, assente nas refinarias do Porto e de Sines, onde faltam investimentos.
Por concretizar estão os projectos da central de co-geração da fábrica de utilidades da refinaria do Porto, o projecto Arosolvan, na fábrica de aromáticos e a instalação de braços de carga multi-produtos no terminal de Leixões.
Foram exigidas auditorias às áreas de marketing, retalho, estratégia e desenvolvimento, para apurar os custos com o recurso sistemático a práticas de out-sourcing.
O encontro manifestou-se solidário com a luta dos pescadores de Matosinhos, anunciou a adesão à jornada de luta da CGTP-IN, de dia 28, e assumiu ir intervir mais nos locais de trabalho, de forma a mobilizar os trabalhadores na defesa da democracia «cujas portas a Revolução de Abril abriu», conclui a resolução.
Rejeitou ainda que o referendo ao Tratado Constitucional da União Europeia se realize em simultânreo com as eleições autárquicas, repudiou as medidas recentemente anunciadas pelo Governo a pretexto do défice e condenou a política de destruição do aparelho produtivo nacional.
Para ontem, estava prevista uma concentração de protesto à porta da residência oficial do primeiro-ministro, antecedida por outra, de manhã, no edifício Galp, também em Lisboa. Estavam ainda agendadas audiências com os grupos parlamentares e com o ministro da Economia.
Lucros e cunhas
No encontro que teve lugar na refinaria do Porto, deu-se especial atenção às decisões tomadas na última Assembleia Geral de Accionistas, sobre a composição do CA, por um lado, e a distribuição de parte dos lucros aos trabalhadores, por outro.
Entre Janeiro e Abril, a empresa teve resultados líquidos de 190 milhões de euros. No ano passado lucrou 33 milhões. No entanto, ao aplicar os resultados de 2004, a administração recusou abandonar «definitivamente a prática miserabilista seguida nos últimos anos», acusa a resolução.
O encontro exigiu uma gestão de pessoal que responda às necessidades reais e não às «cunhas» e outro tipo de «clientelismo», à subordinação a «práticas economicistas que podem transformar-se num desastre empresarial irreparável».
Na nova gestão, apenas dois dos gestores conhecem a área: o engenheiro italiano da ENI, Giorgio Puce - cuja saída é exigida pelos trabalhadores por tudo ter feito no sentido de encerrar a refinaria do Porto -, e o engenheiro da Petrogal, Soares Mota, «marginalizado», no quadro da política de «menosprezo pela actividade de refinação» iniciada pela administração de António Mexia e prosseguida por este Governo.
Potenciar as refinarias
Para os trabalhadores, a ausência de uma política energética nacional e a continuação da «sempre nefasta» privatização têm menosprezado a refinação e as suas potencialidades.
O encontro criticou a lógica privatizadora e o acordo entre o Governo de Guterres e do agora administrador, Pina Moura, com a italiana ENI.
A resolução acusa os accionistas nacionais de incapacidade para criar uma estratégia que garanta o futuro ao serviço dos interesses do País, e para a qual tem fulcral importância a refinação, assente nas refinarias do Porto e de Sines, onde faltam investimentos.
Por concretizar estão os projectos da central de co-geração da fábrica de utilidades da refinaria do Porto, o projecto Arosolvan, na fábrica de aromáticos e a instalação de braços de carga multi-produtos no terminal de Leixões.
Foram exigidas auditorias às áreas de marketing, retalho, estratégia e desenvolvimento, para apurar os custos com o recurso sistemático a práticas de out-sourcing.
O encontro manifestou-se solidário com a luta dos pescadores de Matosinhos, anunciou a adesão à jornada de luta da CGTP-IN, de dia 28, e assumiu ir intervir mais nos locais de trabalho, de forma a mobilizar os trabalhadores na defesa da democracia «cujas portas a Revolução de Abril abriu», conclui a resolução.
Rejeitou ainda que o referendo ao Tratado Constitucional da União Europeia se realize em simultânreo com as eleições autárquicas, repudiou as medidas recentemente anunciadas pelo Governo a pretexto do défice e condenou a política de destruição do aparelho produtivo nacional.